O livro
de Gênesis, que
é o livro
dos princípios, da origem da criação, a fonte de tudo que
foi criado e com leis para o reger: temos
o registro da origem do mundo
(Gn 1-2), a origem
do homem e da
mulher (Gn 2.4-25),
a origem do
pecado (Gn 3.1-24), origem
do casamento e da família (Gn 2.18-25; 4.1-7), da
corrupção humana manifestada
em várias áreas (Gn 4.1-24;
6.1-7), o registro das nações (Gn
10. 1-32), dos
patriarcas (Gn 12-50) nos deixa a direção para sobre a família.
Evidência Bíblica para a criação.
A
Bíblia deixa claro que a criação surgiu do nada, Deus criou o universo sem
nenhum elemento já ter sido criado. As expressões e textos bíblicos relatando
deixa claro essa verdade:
Pela
palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito
da sua boca. Ele ajunta as águas do mar
como num montão; põe os abismos em tesouros.
Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque
falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu. (Sl 33.6-9 RAC).
Algumas
vezes a expressão latina “ex nihilo, do nada”, é usada para afirmar essa
afirmação. A expressão, céus e terras afirmam a totalidade da criação divina,
abrangendo todas as áreas do universo. Portanto, quando falamos que a criação
foi feita a partir do nada, foi feito para um princípio, para a glória de Deus.
A
Glória de Deus Glória é um termo bíblico familiar, transmitindo normalmente a
manifestação visível do ser de Deus. Sua glória nos leva ao âmago de tudo que é
essencial ao seu ser como Deus, sua majestade divina, sua divindade total. Na
Escritura, esta perfeição foi expressa na manifestação em várias passagens
como: no Monte Sinai, Esta perfeição
pode servir como termo sumário para vários outros aspectos. A glória de Deus
subentende (2):
1.1.1
A infinitude de Deus: ele não tem limitações. Ele “habita em luz
inacessível”(1 Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são
“inescrutáveis”(Rm 11.33).
1.1.2. A auto-existência de Deus: ele não depende absolutamente de nada. “No princípio Deus...”(Gn 1.1); “como se de alguma coisa precisasse”(At 17.25; cf. Is 40.13ss).
1.1.2. A auto-existência de Deus: ele não depende absolutamente de nada. “No princípio Deus...”(Gn 1.1); “como se de alguma coisa precisasse”(At 17.25; cf. Is 40.13ss).
1.1.3.
A imutabilidade de Deus: ele é sempre o mesmo. “Porque eu, o Senhor,
não mudo”(Ml 3.6); “o Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou
sombra de mudança”(Tg 1.17).
A
imutabilidade de Deus é expressa em sua fidelidade no relacionamento com o seu
povo. A própria aliança é baseada nesta perfeição. Portanto, a glória de Deus proclama a
absoluta prioridade e auto-suficiência do Senhor. A criação do universo e do
homem são atos de graça espontânea e não exigências do ser de Deus. Nosso valor
e significado finais se encontram, desta forma, na glória de Deus (cf. Ef.
1.12).
Deus
criou a totalidade do universo do nada, nenhuma matéria no universo é eterna,
teve um ponto de partida, um “start”, tudo o que vemos criado, como campos,
rios, animais, rochas, veio à existência quando Deus os criou. Isso nos faz
lembrar que o soberano, além de criador, governa todas as coisas, e que nada na
criação tem leis próprias ou consegue se autogovernar. Talvez, se negássemos
essa doutrina deveríamos afirmar que
algum tipo de matéria já existia, e com isso teríamos vida independente fora
dos controles naturais exercidos pela natureza, assim Deus não seria o
governador e criador de tudo e todos.
Deus
criou o universo a partir do nada e esse universo tem significado, propósito e leis a direcionar. Deus, em sua
sabedoria, criou-o para alguma coisa. Devemos tentar entender esse propósito e
usar a criação de modo que ela se encaixe nesse propósito, a saber, o de trazer
glória ao próprio Deus. Além disso, sempre que a criação nos traga satisfação
(cf. 1 Tm 6.17), devemos agradecer a Deus, que criou todas as coisas.
Quando
afirmamos que Deus criou o universo para mostrar a sua glória, é importante que
percebamos que ele não precisava criá-lo. Não devemos pensar que Deus precisava
de mais glória do que ele tinha dentro da Trindade por toda a eternidade ou que
ele estava de alguma forma incompleto sem a glória que haveria de receber do
universo criado. Isso seria negar a independência de Deus e sugerir que Deus
precisava do universo a fim de ser plenamente Deus. Ao contrário, devemos
afirmar que a criação do universo foi um ato de Deus totalmente livre. Não era
um ato necessário, mas foi algo que Deus escolheu fazer .”Tu, Senhor [...],
criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas” (Ap
4.11). Deus quis criar o universo para demonstrar sua excelência. A criação
mostra sua grande sabedoria e poder, bem como, de modo supremo, todos os seus
outros atributos. Parece então que Deus criou o universo para se deleitar na
criação, pois, como a criação mostra os vários aspectos do caráter de Deus, ele
tem prazer nela.
Isso
explica por que temos prazer espontâneo em todas as espécies de atividades
criadoras que temos.
A criação do homem.
Após criar a terra, as plantas e os
animais, Deus criou o homem. Ao criar as coisas anteriores, Deus simplesmente
ordenou que elas viessem à existência. Em Gênesis 1.3, ele diz, “Haja luz”, e
no versículo 1 1 ele diz, “E disse Deus: Produza a terra erva verde,”. Quanto a doutrina do homem, o relato de Gênesis registra
o que parece ser um diálogo entre os membros da Trindade, concordando em
criá-lo à imagem de Deus: 'Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” (1.26). Mesmo sem a informação anterior contida nos versículos 26-30, isso sugere uma relação
especial entre Deus e o homem, e que um cuidado especial foi dado em sua
criação.
Gênesis 1.26-27; 2.7, 21-22 reconta
a criação do homem da seguinte forma:
1.26
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e
sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. 27 E criou
Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
2.7
E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego
da vida; e o homem foi feito alma vivente. 21 Então, o SENHOR Deus fez cair um
sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e
cerrou a carne em seu lugar. 22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem
formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
Nos
dois capítulos iniciais de Gênesis o homem é retratado como ao nível da natureza e acima dela, em
continuidade em relação a ela, e em descontinuidade. Partilha o sexto dia com
outras criaturas, é feito do pó como elas (2:7,19), alimenta-se como elas
(1:29,30) e se reproduz sob uma bênção semelhante à delas (1:22,28). Assim,
pode muito bem ser estudado em parte mediante o estudo delas. Elas constituem a
metade do seu contexto. Mas a ênfase cai na distinção que há entre ele e
elas. Façamos está em tácito contraste
com ‘‘Produza a terra”(24); a nota de auto
comunhão e o plural majestático proclamam-no um momentoso passo; isto feito, a
criação inteira está completa. Em comparação16
com os animais, o homem é colocado em posição à parte por seu ofício (1:26, 28;
2:19; cf.SI 8:4-8; Tg3:7), e ainda mais
por sua natureza (2:20); mas o apogeu da sua glória é sua relação com Deus. (3)
Adão e Eva no Éden eram vice gerentes
pactuais. Eles tinham grandes privilégios vivendo e servindo na “casa do trono
e domínio real” de Deus Yahweh. Mas eles não deveriam ser como Deus, ou desejar
e buscar ser “deuses”. Yahweh colocou limitações sobre eles e diante deles.
Este fato era da própria essência de um pacto feito unilateralmente por um
Mestre soberano. Adão e Eva eram limitados no uso dos frutos do jardim; eles
receberam parâmetros para a sua comunhão com Yahweh. Eles receberam instruções
a respeito da vida familiar e social; o homem deixaria seus pais, quebraria
aquela ligação íntima a fim de apegar-se intimamente à sua esposa. O homem
seria uma só carne com uma mulher para vida. Mais, o homem foi feito ciente de
que a companheira, ajudadora, uma parceira geradora de vida, não poderia ser
tomada do mundo animal (Gn 2.19).
Adão e Eva eram os representantes
pactuais de Yahweh. Como vice gerentes, eles representavam seu Rei soberano no
seu reino cósmico. Seu status, prerrogativas, responsabilidades e bênçãos eram
tais que eles, de fato, ocupavam a mais alta posição e recebiam privilégios
reais como nenhum outro ente criado. Eles receberam responsabilidades sobre
cada faceta da vida. Eles deveriam governar com Yahweh sobre tudo o que tinha
sido criado. De fato, eles estavam na mais alta posição possível no reino
cósmico de Yahweh. Todos os aspectos da criação, todas as leis e todas as
funções, como ordenado e estabelecido por Deus Yahweh, estavam no lugar. Adão e
Eva foram designados, não para serem co-criadores, mas vice gerentes com
Yahweh. Deste modo, Deus preparou e iniciou o processo de revelar seu desígnio
maravilhoso para e dentro do reino cósmico. Ele estabeleceu e iniciou o
processo da história. (4)
O
homem foi criado por Deus como a coroa de toda a sua criação, à imagem de Deus
e segundo a Sua semelhança (santo, justo e bom), com uma alma racional, para
governar, como representante de Deus, sobre toda a criação. Um detalhe
importante é que, o
homem foi criado antes da mulher, e visto que já existia um membro da espécie
humana na criação da mulher, Deus tomou material pré-existente a partir do
homem para criá-la. Contudo, quando Deus criou o homem, a Bíblia não diz que
ele usou material pré-existente a partir dos animais que ele já tinha criado,
mas que ele pegou diretamente “o pó da terra” e diretamente “soprou em suas
narinas o fôlego de vida”. Ainda sobre a
criação, é interessante lembrar que
Gênesis 1.27 diz que Deus criou os seres humanos como macho e fêmea:
“Criou Deus o homem a sua imagem, a imagem de Deus o criou; macho e fêmea os
criou”. Esse versículo indica que tanto o macho como a fêmea foram criados a
imagem de Deus, e ambos pertencem a categoria de homem. O domínio que Deus deu
ao homem pertence tanto ao macho como a fêmea, visto que o versículo 28 diz:
“Deus os abençoou, e lhes disse: 'Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e
subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre
todos os animais que se movem pela terra'. O que entendemos por esses dois versículos
é que um gênero não é intrinsecamente superior ao outro. Contudo, embora o
valor ontológico dos homens e das mulheres seja o mesmo, Deus impôs uma
estrutura de autoridade sobre eles para definir as funções deles dentro da
sociedade, especialmente na relação do casamento e no governo da igreja. Assim,
dentro desse texto e análise, percebemos que existem leis estabelecidas na
criação para o bom andamento da família na sociedade, e que esses valores
desobedecidos permitem uma séria desestruturação do núcleo criado por Deus, e
com isso sequencias desastrosas são colhidas com essas atitudes.
Ao homem foi dado autoridade como cuidador e
mantenedor da família no Édem
Existe uma aliança entre homem e mulher, que esta bem no
centro do cosmo, mas que ao mesmo tempo, esta intimamente relacionada com o
Pai, o Verbo e o Espirito. Existe aquele relacionamento que deseja comunhão e
nos o chamamos de o mandato da comunhão. Portanto, quando você olha para o que
esta bem no centro do reino cósmico, você vê o homem e a mulher com seus
descendentes, a família. Eles tem um relacionamento, como estudamos
anteriormente, homem e mulher unidos em casamento são ligados pela Aliança. Os
descendentes estão ligados pela aliança aos pais. Nos temos um relacionamento
social promovido pela aliança, por intermédio do qual Deus realiza o seu
trabalho. Também chamamos essa instituição social, a família, de agente
mediador. Basicamente, esta entre Deus e o cosmos enquanto permanece no centro
dele. (5)
Na realidade, podemos encontrar neste Pacto da Criação três
mandatos que o Senhor deu ao homem: Espiritual, social e cultural. O mandato
espiritual envolve a expressão em forma de resposta da humanidade ao
relacionamento que Deus estabelecera entre si próprio e os portadores da sua imagem.
A cada sétimo dia, esta comunhão deveria ser expressa da maneira mais completa
e rica possível. O mandato social pôde ser dado porque Deus criou a humanidade
como macho e fêmea. Deus ordenou a união do homem e mulher como uma só carne, a
fecundidade, multiplicação e o enchimento da terra. O mandato cultural envolve
a vice-gerência do homem sobre o cosmos. Era para o homem desenvolver e manter
tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Através deste mandato, Deus colocou
a humanidade em um relacionamento singular com a criação, para dominar e
sujeitar (Gn 1.28), guardar e cultivar (Gn 2.17).
A
mulher foi dada como Auxiliadora
A
teologia Bíblica nos auxilia nessa fase, para mostrar a importância da mulher
desde o primeiro livro da Palavra de Deus. O mundo que vivemos é domínio de
Deus; é seu reino. Vemos à luz das
Escrituras que a Mulher é criada para ser a vice-regente, juntamente com o seu
marido do mundo criado, logo, ela tem um papel importante e significativo na
história redentiva de Deus. Dentro desta esfera as mulheres, juntamente com o
seu marido, recebem os três mandatos de Deus: Cultural, Social e Espiritual. Estas três esferas encontram-se bem presente
no nosso cotidiano e na vida da mulher que busca servir a Deus. Os três
mandatos envolvem a vida regular do homem e da mulher, ambos vivem sob estas
perspectivas. A mulher vem a este mundo com o propósito de ser uma
auxiliadora de seu marido, este é um relacionamento na esfera criacional de
Deus. (Gênesis 2.18-24) como companheira “Eva” – mãe da vida – deve ser um
consolo para Adão e uma pessoa dedicada a viver neste relacionamento,
expressando a Imagem de Deus.
Devemos lembrar que autoridade do
homem sobre a mulher não se originou por causa da Queda. Mesmo antes de Deus
criar a mulher, ele disse que ela seria a “ajudadora” do homem (Gênesis 2:18).
Paulo ensina que a autoridade do homem sobre a mulher não originou por causa do
pecado, mas que ela é uma ordenança da criação. Isto é, pela natureza e ordem
da criação do homem e da mulher, o homem tem autoridade sobre a mulher.
Implicações pós-queda
sobre os mandatos:
No mandato
espiritual, o pecado fez separação entre Deus e Sua criação. Até os animais
e natureza ficou sujeita à servidão (Rm 8.20). O Homem já nasce alienado de
Deus proferindo mentiras (Sl 58.3), mortos espiritualmente, pelo pecado.
No mandato social, além do pecado afetar o nosso relacionamento com Deus, ele afetou nosso relacionamento social entre os familiares. Após a entrada do pecado no mundo o relacionamento perdido, com Deus, afeta as bases da família causando até vergonha sexual entre o homem e a mulher. Desde o quarto capitulo do Gênesis o efeito de pecado se mostra claro, com a morte causada pelo irmão – Caim matando Abel. Filhos não respeitando os pais, desobedecendo-os, ou como o próprio Gênesis mostra, Jacó enganando seu pai com a ajuda de sua mãe (Gn 25).
No mandato social, além do pecado afetar o nosso relacionamento com Deus, ele afetou nosso relacionamento social entre os familiares. Após a entrada do pecado no mundo o relacionamento perdido, com Deus, afeta as bases da família causando até vergonha sexual entre o homem e a mulher. Desde o quarto capitulo do Gênesis o efeito de pecado se mostra claro, com a morte causada pelo irmão – Caim matando Abel. Filhos não respeitando os pais, desobedecendo-os, ou como o próprio Gênesis mostra, Jacó enganando seu pai com a ajuda de sua mãe (Gn 25).
Mandato Cultural, o pecado afetou o relacionamento com Deus, ele afetou nosso relacionamento familiar, também, afetou o nosso relacionamento na sociedade. a terra foi amaldiçoada “por sua causa” (Gn 3.17-19) tornando o trabalho árduo.
As consequências na família pós-queda:
Depois da Queda podemos ver sentimentos como o medo, a
culpa e a vergonha, perturbando a convivência do casal (Gn 3.8-12). O pecado
fez o relacionamento familiar adoecer. O lar, criado para ser um local de
acolhimento, proteção e cuidado, devido aos pecados começou a tomar um rumo
totalmente contrário do plano original. Essas transgressões causam culpa e
separam as famílias da comunhão com Deus.
O pecado de um único homem trouxe consequências terríveis para
toda a humanidade. A mulher teria filhos com muita dor (Gn 3.16) e
o seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida à vontade de seu
marido. Adão deveria comer agora seu pão diário com dores, pois o trabalho de
arar a terra para ter sua subsistência garantida seria bem difícil (Gn 3.17). A
terra também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18). A
morte física também é uma consequência da transgressão do homem (Gn
3.19). Como punição pela desobediência,
Adão e Eva, foram expulsos do Jardim do Éden (Gn 3.20-24). Tudo era bom,
pois foi tudo pensado, planejado e criado por um Deus que preza pela
excelência. Se tivessem permanecido na obediência, Adão e Eva teriam sido
felizes para todo o sempre. E a feminização
da Família:
A feminização da família é observada
em pelo menos seis áreas (6):
1. O casamento foi desestabilizado, e o divórcio
está numa crescente.
A “demonização” feminista do
casamento fez do divórcio algo “socialmente e psicologicamente aceitável,
através da ideia de que é uma possível solução para uma instituição defeituosa
e já em seu leito de morte.”[6] O ensinamento bíblico que casamento é uma
instituição divina e pactual que une homem e mulher para o resto da vida
através de um voto sagrado (Gen. 2:18-24; Mat. 19:3-9) foi repudiado pela
sociedade moderna. O conceito bíblico foi substituído pela noção de que
casamento é uma mera instituição humana, e por isso imperfeita, e que o
divórcio é uma forma aceitável de lidar com qualquer problema associado ao
casamento.
2. A liderança masculina na família foi substituída
por uma organização “igualitária” onde marido e esposa “compartilham” as
responsabilidades da liderança na família.
A ideia bíblica de que o homem é o
cabeça da família (1 Cor. 11:3-12; Ef. 5:22-23) e senhor do seu lar (1 Pe. 3:5-6)
é considerada por feministas algo tirânico e bárbaro, um vestígio do homem
primitivo e sua habilidade de dominar fisicamente sua parceira. Nos nossos
dias, a esmagadora maioria de ambos homens e mulheres zombam da noção de que a
esposa deve se submeter à autoridade do marido.
3. O homem como provedor foi rejeitado, e
introduzido um novo modelo de responsabilidade econômica compartilhada. A visão da nossa era é que o homem
não é mais responsável do que a mulher por prover as necessidades financeiras
da família. Feministas creem que o ensinamento bíblico que o homem é o provedor
da família (1 Tim. 5:9) é parte de uma conspiração masculina para manter as
mulheres sob seu domínio por fazerem delas economicamente dependentes dos
homens.
4. A mulher como uma dona do lar de tempo integral é
zombada, e a mulher que trabalha fora buscando realização e independência é
agora a norma cultural. O
mandamento bíblico para que a mulher seja “dona do lar” (Tito 2:4-5) ou é
desconhecido ou ignorado. Pessoas com a mentalidade feminista consideram algo
indigno que uma mulher fique em casa e limite suas atividades à esfera do lar e
da família. Uma carreira profissional é considerada mais conveniente e
significante para as esposas e mães de hoje.
5. A norma bíblica da mulher como cuidadora de suas
crianças foi substituída pelo ideal feminista de uma mãe que trabalha fora e
deixa seus filhos na creche para que ela possa cuidar de outros assuntos
importantes. A
responsabilidade da maternidade é vista em termos muito diferentes do que no
passado. O chamado bíblico para a mãe de estar com suas crianças, amá-las,
treiná-las, ensiná-las, e protegê-las (1 Tim. 2:15; 5:14) é rejeitado pela
visão feminista de uma mulher que foi libertada de tais limitações sobre sua
individualidade e realização própria.
6. A ideia de que uma família grande é uma “bênção”
é rejeitada por uma noção de que uma família pequena de um ou dois filhos (e
para alguns, nenhum filho) é muito melhor. O
conceito de “planejamento familiar” objetivando reduzir o número de crianças
num lar é defendido por quase todos. O ensino bíblico de que uma família grande
é sinal de bênçãos e da soberania de Deus (Salmo 127; 128) é ignorado por
famílias modernas, até mesmo aquelas proclamando serem cristãs. A visão
feminista que nós determinamos o número de crianças que nós teremos, e que nós
somos soberanos sobre esse assunto é agora aceito sem questionamento. E é
claro, essa suposta soberania humana sobre a vida e o nascimento leva a
justificação do aborto, que é o maior controle de natalidade de
todos.
Desafio para nossos dias, um retorno ao
mandato social no Éden.
Quando
pensamos em um retorno ao mandato social estabelecido no Édem, é porque
enxergamos lá nosso referencial, a obra prima criada por Deus sendo abençoada e
direcionada para que pudéssemos viver da melhor forma. A família foi designada por Deus
como base na Criação, base para toda a sociedade, para cumprir o propósito
divino. Para vivermos como Deus quer e para exercer o nosso papel na criação de
Deus precisamos de nossas famílias no modelo divino. Portanto falamos em (7):
O
pai, modelo de autoridade, mas também de sujeição e de entrega (Ef 5.22-29). O
pai é a cabeça da casa, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo. Mas Cristo
deu a sua vida pela Igreja. O mesmo ato deve fazer o marido e pai. Seu amor
deve ser declarado, mas principalmente praticado, para ser visto pelos filhos.
A
mãe, modelo de sujeição (a Igreja a Cristo, Ef 5.22-24), mas também de cuidado
e proteção. Os filhos aprenderão que a Igreja deve sujeitar-se a Cristo, mas
também aprenderão com ela que Deus cuida de nós e nos consola (Mt 23.37; Is
66.13).
O
casal, modelo de união – Os dois serão uma só carne (Gn 2.24). Formarão um laço
ou vínculo (Ez 20.37, trad. brasileira). Isso apontará, na Deidade, para a
união da Trindade. E na humanidade, e primeiro no lar, ensinará respeito
(reconhecer o outro) e cortesia (fazer concessões ao outro).
O
casal, modelo de distinção e complementaridade. “Criou Deus … homem e mulher”
(macho e fêmea, Corrigida) (Gn 1.27). O próprio casal deixará bem clara a idéia
de macho e fêmea, oposta à androginia da moda. O papai é o macho e a mamãe é a
fêmea. A educação sexual (anatomia, funcionamento, relacionamento – verdade e
dignidade) começarão em casa, e não nas pagãs aulas de (des)educação sexual nas
escolas.
O
casal, modelo de fidelidade à Aliança que simboliza a Aliança. “… o SENHOR foi
testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade … o SENHOR, Deus de
Israel, diz que odeia o repúdio…” (Ml 2.14-16). Os pais levarão a sério a sua
aliança, para ensinar os filhos a honrar a aliança de Deus. Divórcio nem passa
pela cabeça de um casal crente.
Conclusão
Tudo
começou com a família. A Aliança começou e continuou na família. Cada família
deve espelhar o relacionamento entre Jesus e a Igreja, portanto, a Nova
Aliança. Precisamos verificar que estamos ali vivendo e ensinando os mandatos
da criação, os relacionamentos da Aliança. Isso integrará a vida toda sob Deus,
numa perspectiva da realidade que o Senhor mesmo nos ensina em sua Palavra.
Isso é uma cosmovisão bíblica ou, como dizemos, reformada.
Fonte:
http://www.monergismo.com/textos/criacao/criacao_wayne_grudem.htm
(2)
http://www.monergismo.com/textos/atributos_deus/atributos_milne.htm
(3)
GENESIS Introdução e Comentário REV. DEREK KIDNER, M. A. Vida nova São Paulo.
(4)
http://www.monergismo.com/textos/comentarios/adao_eva_eden_gronigen.htm
(5)
VAN GRONINGEN, Harriet & Gerard. A família da aliança. Tradução de
Bethania Fonseca da Silva e Maria
Priscila Barros. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã -
(6)
Feminização da Família http://www.monergismo.com/william-einwechter/379/
(7)
Cosmovisão Reformada na Família :
http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/cosmovisao-reformada-na-familia/