sábado, 31 de janeiro de 2015

E à família? Para a gloria do Senhor...

O  livro  de  Gênesis,  que  é  o  livro  dos  princípios,  da origem da criação, a fonte de tudo que foi criado e com leis para o reger:  temos o registro da origem  do  mundo  (Gn 1-2),  a  origem  do homem  e  da  mulher   (Gn  2.4-25),  a  origem  do  pecado  (Gn 3.1-24),  origem  do  casamento  e  da  família (Gn 2.18-25; 4.1-7),  da  corrupção  humana  manifestada  em várias áreas  (Gn  4.1-24;  6.1-7),  o registro das nações  (Gn  10.  1-32),  dos  patriarcas  (Gn  12-50) nos deixa a direção para sobre a família.

Evidência Bíblica para a criação. 
A Bíblia deixa claro que a criação surgiu do nada, Deus criou o universo sem nenhum elemento já ter sido criado. As expressões e textos bíblicos relatando deixa claro essa verdade:
Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca.  Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em tesouros.  Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo.  Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu. (Sl 33.6-9 RAC).
Algumas vezes a expressão latina “ex nihilo, do nada”, é usada para afirmar essa afirmação. A expressão, céus e terras afirmam a totalidade da criação divina, abrangendo todas as áreas do universo. Portanto, quando falamos que a criação foi feita a partir do nada, foi feito para um princípio, para a glória de Deus.
A Glória de Deus Glória é um termo bíblico familiar, transmitindo normalmente a manifestação visível do ser de Deus. Sua glória nos leva ao âmago de tudo que é essencial ao seu ser como Deus, sua majestade divina, sua divindade total. Na Escritura, esta perfeição foi expressa na manifestação em várias passagens como:  no Monte Sinai, Esta perfeição pode servir como termo sumário para vários outros aspectos. A glória de Deus subentende (2):
1.1.1 A infinitude de Deus: ele não tem limitações. Ele “habita em luz inacessível”(1 Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são “inescrutáveis”(Rm 11.33).
1.1.2. A auto-existência de Deus: ele não depende absolutamente de nada. “No princípio Deus...”(Gn 1.1); “como se de alguma coisa precisasse”(At 17.25; cf. Is 40.13ss).
1.1.3. A imutabilidade de Deus: ele é sempre o mesmo. “Porque eu, o Senhor, não mudo”(Ml 3.6); “o Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança”(Tg 1.17).
A imutabilidade de Deus é expressa em sua fidelidade no relacionamento com o seu povo. A própria aliança é baseada nesta perfeição.  Portanto, a glória de Deus proclama a absoluta prioridade e auto-suficiência do Senhor. A criação do universo e do homem são atos de graça espontânea e não exigências do ser de Deus. Nosso valor e significado finais se encontram, desta forma, na glória de Deus (cf. Ef. 1.12).
Deus criou a totalidade do universo do nada, nenhuma matéria no universo é eterna, teve um ponto de partida, um “start”, tudo o que vemos criado, como campos, rios, animais, rochas, veio à existência quando Deus os criou. Isso nos faz lembrar que o soberano, além de criador, governa todas as coisas, e que nada na criação tem leis próprias ou consegue se autogovernar. Talvez, se negássemos essa doutrina  deveríamos afirmar que algum tipo de matéria já existia, e com isso teríamos vida independente fora dos controles naturais exercidos pela natureza, assim Deus não seria o governador e criador de tudo e todos.
Deus criou o universo a partir do nada e esse universo tem significado,  propósito e leis a direcionar. Deus, em sua sabedoria, criou-o para alguma coisa. Devemos tentar entender esse propósito e usar a criação de modo que ela se encaixe nesse propósito, a saber, o de trazer glória ao próprio Deus. Além disso, sempre que a criação nos traga satisfação (cf. 1 Tm 6.17), devemos agradecer a Deus, que criou todas as coisas.
Quando afirmamos que Deus criou o universo para mostrar a sua glória, é importante que percebamos que ele não precisava criá-lo. Não devemos pensar que Deus precisava de mais glória do que ele tinha dentro da Trindade por toda a eternidade ou que ele estava de alguma forma incompleto sem a glória que haveria de receber do universo criado. Isso seria negar a independência de Deus e sugerir que Deus precisava do universo a fim de ser plenamente Deus. Ao contrário, devemos afirmar que a criação do universo foi um ato de Deus totalmente livre. Não era um ato necessário, mas foi algo que Deus escolheu fazer .”Tu, Senhor [...], criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas” (Ap 4.11). Deus quis criar o universo para demonstrar sua excelência. A criação mostra sua grande sabedoria e poder, bem como, de modo supremo, todos os seus outros atributos. Parece então que Deus criou o universo para se deleitar na criação, pois, como a criação mostra os vários aspectos do caráter de Deus, ele tem prazer nela.
Isso explica por que temos prazer espontâneo em todas as espécies de atividades criadoras que temos.

A criação do  homem. 
Após criar a terra, as plantas e os animais, Deus criou o homem. Ao criar as coisas anteriores, Deus simplesmente ordenou que elas viessem à existência. Em Gênesis 1.3, ele diz, “Haja luz”, e no versículo 1 1 ele diz, “E disse Deus: Produza a terra erva verde,”. Quanto a doutrina do homem, o relato de Gênesis registra o que parece ser um diálogo entre os membros da Trindade, concordando em criá-lo à imagem de Deus: 'Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26). Mesmo sem a informação anterior contida nos  versículos 26-30, isso sugere uma relação especial entre Deus e o homem, e que um cuidado especial foi dado em sua criação.

Gênesis 1.26-27; 2.7, 21-22 reconta a criação do homem da seguinte forma:

1.26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. 27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
2.7 E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. 21 Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22 E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
Nos dois capítulos iniciais de Gênesis o homem é retratado como  ao nível da natureza e acima dela, em continuidade em relação a ela, e em descontinuidade. Partilha o sexto dia com outras criaturas, é feito do pó como elas (2:7,19), alimenta-se como elas (1:29,30) e se reproduz sob uma bênção semelhante à delas (1:22,28). Assim, pode muito bem ser estudado em parte mediante o estudo delas. Elas constituem a metade do seu contexto. Mas a ênfase cai na distinção que há entre ele e elas.  Façamos está em tácito contraste com  ‘‘Produza a terra”(24); a nota de auto comunhão e o plural majestático proclamam-no um momentoso passo; isto feito, a criação inteira está completa.  Em comparação16 com os animais, o homem é colocado em posição à parte por seu ofício (1:26, 28; 2:19;  cf.SI 8:4-8; Tg3:7), e ainda mais por sua natureza (2:20); mas o apogeu da sua glória é  sua relação com Deus. (3)

Adão e Eva no Éden eram vice gerentes pactuais. Eles tinham grandes privilégios vivendo e servindo na “casa do trono e domínio real” de Deus Yahweh. Mas eles não deveriam ser como Deus, ou desejar e buscar ser “deuses”. Yahweh colocou limitações sobre eles e diante deles. Este fato era da própria essência de um pacto feito unilateralmente por um Mestre soberano. Adão e Eva eram limitados no uso dos frutos do jardim; eles receberam parâmetros para a sua comunhão com Yahweh. Eles receberam instruções a respeito da vida familiar e social; o homem deixaria seus pais, quebraria aquela ligação íntima a fim de apegar-se intimamente à sua esposa. O homem seria uma só carne com uma mulher para vida. Mais, o homem foi feito ciente de que a companheira, ajudadora, uma parceira geradora de vida, não poderia ser tomada do mundo animal (Gn 2.19).
Adão e Eva eram os representantes pactuais de Yahweh. Como vice gerentes, eles representavam seu Rei soberano no seu reino cósmico. Seu status, prerrogativas, responsabilidades e bênçãos eram tais que eles, de fato, ocupavam a mais alta posição e recebiam privilégios reais como nenhum outro ente criado. Eles receberam responsabilidades sobre cada faceta da vida. Eles deveriam governar com Yahweh sobre tudo o que tinha sido criado. De fato, eles estavam na mais alta posição possível no reino cósmico de Yahweh. Todos os aspectos da criação, todas as leis e todas as funções, como ordenado e estabelecido por Deus Yahweh, estavam no lugar. Adão e Eva foram designados, não para serem co-criadores, mas vice gerentes com Yahweh. Deste modo, Deus preparou e iniciou o processo de revelar seu desígnio maravilhoso para e dentro do reino cósmico. Ele estabeleceu e iniciou o processo da história.  (4)

O homem foi criado por Deus como a coroa de toda a sua criação, à imagem de Deus e segundo a Sua semelhança (santo, justo e bom), com uma alma racional, para governar, como representante de Deus, sobre toda a criação. Um detalhe importante é que, o homem foi criado antes da mulher, e visto que já existia um membro da espécie humana na criação da mulher, Deus tomou material pré-existente a partir do homem para criá-la. Contudo, quando Deus criou o homem, a Bíblia não diz que ele usou material pré-existente a partir dos animais que ele já tinha criado, mas que ele pegou diretamente “o pó da terra” e diretamente “soprou em suas narinas o fôlego de vida”.  Ainda sobre a criação,  é interessante lembrar que Gênesis 1.27 diz que Deus criou os seres humanos como macho e fêmea: “Criou Deus o homem a sua imagem, a imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. Esse versículo indica que tanto o macho como a fêmea foram criados a imagem de Deus, e ambos pertencem a categoria de homem. O domínio que Deus deu ao homem pertence tanto ao macho como a fêmea, visto que o versículo 28 diz: “Deus os abençoou, e lhes disse: 'Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra'. O que entendemos por esses dois versículos é que um gênero não é intrinsecamente superior ao outro. Contudo, embora o valor ontológico dos homens e das mulheres seja o mesmo, Deus impôs uma estrutura de autoridade sobre eles para definir as funções deles dentro da sociedade, especialmente na relação do casamento e no governo da igreja. Assim, dentro desse texto e análise, percebemos que existem leis estabelecidas na criação para o bom andamento da família na sociedade, e que esses valores desobedecidos permitem uma séria desestruturação do núcleo criado por Deus, e com isso sequencias desastrosas são colhidas com essas atitudes.


Ao homem foi dado autoridade como cuidador e mantenedor da família no Édem
Existe uma aliança entre homem e mulher, que esta bem no centro do cosmo, mas que ao mesmo tempo, esta intimamente relacionada com o Pai, o Verbo e o Espirito. Existe aquele relacionamento que deseja comunhão e nos o chamamos de o mandato da comunhão. Portanto, quando você olha para o que esta bem no centro do reino cósmico, você vê o homem e a mulher com seus descendentes, a família. Eles tem um relacionamento, como estudamos anteriormente, homem e mulher unidos em casamento são ligados pela Aliança. Os descendentes estão ligados pela aliança aos pais. Nos temos um relacionamento social promovido pela aliança, por intermédio do qual Deus realiza o seu trabalho. Também chamamos essa instituição social, a família, de agente mediador. Basicamente, esta entre Deus e o cosmos enquanto permanece no centro dele. (5)
Na realidade, podemos encontrar neste Pacto da Criação três mandatos que o Senhor deu ao homem: Espiritual, social e cultural. O mandato espiritual envolve a expressão em forma de resposta da humanidade ao relacionamento que Deus estabelecera entre si próprio e os portadores da sua imagem. A cada sétimo dia, esta comunhão deveria ser expressa da maneira mais completa e rica possível. O mandato social pôde ser dado porque Deus criou a humanidade como macho e fêmea. Deus ordenou a união do homem e mulher como uma só carne, a fecundidade, multiplicação e o enchimento da terra. O mandato cultural envolve a vice-gerência do homem sobre o cosmos. Era para o homem desenvolver e manter tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Através deste mandato, Deus colocou a humanidade em um relacionamento singular com a criação, para dominar e sujeitar (Gn 1.28), guardar e cultivar (Gn 2.17). 

A mulher foi dada como Auxiliadora
A teologia Bíblica nos auxilia nessa fase, para mostrar a importância da mulher desde o primeiro livro da Palavra de Deus. O mundo que vivemos é domínio de Deus; é seu reino.  Vemos à luz das Escrituras que a Mulher é criada para ser a vice-regente, juntamente com o seu marido do mundo criado, logo, ela tem um papel importante e significativo na história redentiva de Deus. Dentro desta esfera as mulheres, juntamente com o seu marido, recebem os três mandatos de Deus: Cultural, Social e Espiritual.  Estas três esferas encontram-se bem presente no nosso cotidiano e na vida da mulher que busca servir a Deus. Os três mandatos envolvem a vida regular do homem e da mulher, ambos vivem sob estas perspectivas.  A mulher vem a este mundo com o propósito de ser uma auxiliadora de seu marido, este é um relacionamento na esfera criacional de Deus. (Gênesis 2.18-24) como companheira “Eva” – mãe da vida – deve ser um consolo para Adão e uma pessoa dedicada a viver neste relacionamento, expressando a Imagem de Deus.

Devemos lembrar que autoridade do homem sobre a mulher não se originou por causa da Queda. Mesmo antes de Deus criar a mulher, ele disse que ela seria a “ajudadora” do homem (Gênesis 2:18). Paulo ensina que a autoridade do homem sobre a mulher não originou por causa do pecado, mas que ela é uma ordenança da criação. Isto é, pela natureza e ordem da criação do homem e da mulher, o homem tem autoridade sobre a mulher.


Implicações pós-queda sobre os mandatos:
No mandato espiritual, o pecado fez separação entre Deus e Sua criação. Até os animais e natureza ficou sujeita à servidão (Rm 8.20). O Homem já nasce alienado de Deus proferindo mentiras (Sl 58.3), mortos espiritualmente, pelo pecado.

No mandato social, além do pecado afetar o nosso relacionamento com Deus, ele afetou nosso relacionamento social entre os familiares. Após a entrada do pecado no mundo o relacionamento perdido, com Deus, afeta as bases da família causando até vergonha sexual entre o homem e a mulher. Desde o quarto capitulo do Gênesis o efeito de pecado se mostra claro, com a morte causada pelo irmão – Caim matando Abel. Filhos não respeitando os pais, desobedecendo-os, ou como o próprio Gênesis mostra, Jacó enganando seu pai com a ajuda de sua mãe (Gn 25). 

Mandato Cultural, o pecado afetou o relacionamento com Deus, ele afetou nosso relacionamento familiar, também, afetou o nosso relacionamento na sociedade. a terra foi amaldiçoada “por sua causa” (Gn 3.17-19) tornando o trabalho árduo.


As consequências na família pós-queda:
 Depois da Queda podemos ver  sentimentos como o medo, a culpa e a vergonha, perturbando a convivência do casal (Gn 3.8-12). O pecado fez o relacionamento familiar adoecer. O lar, criado para ser um local de acolhimento, proteção e cuidado, devido aos pecados começou a tomar um rumo totalmente contrário do plano original. Essas transgressões causam culpa e separam as famílias da comunhão com Deus.  O pecado de um  único homem trouxe consequências terríveis para toda a humanidade. A mulher teria filhos com muita dor (Gn  3.16) e  o  seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida à vontade de seu marido. Adão deveria comer agora seu pão diário com dores, pois o trabalho de arar a terra para ter sua subsistência garantida seria bem difícil (Gn 3.17). A terra também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18). A morte física também é uma consequência da transgressão do  homem (Gn 3.19).  Como punição pela desobediência, Adão e Eva, foram expulsos do Jardim do Éden (Gn 3.20-24). Tudo era  bom, pois foi  tudo pensado, planejado e criado por um Deus que preza pela excelência. Se tivessem permanecido na obediência, Adão e Eva teriam sido felizes para todo o sempre.  E a  feminização  da  Família:
A feminização da família é observada em pelo menos seis áreas (6):
1. O casamento foi desestabilizado, e o divórcio está numa crescente.
A “demonização” feminista do casamento fez do divórcio algo “socialmente e psicologicamente aceitável, através da ideia de que é uma possível solução para uma instituição defeituosa e já em seu leito de morte.”[6] O ensinamento bíblico que casamento é uma instituição divina e pactual que une homem e mulher para o resto da vida através de um voto sagrado (Gen. 2:18-24; Mat. 19:3-9) foi repudiado pela sociedade moderna. O conceito bíblico foi substituído pela noção de que casamento é uma mera instituição humana, e por isso imperfeita, e que o divórcio é uma forma aceitável de lidar com qualquer problema associado ao casamento.
2. A liderança masculina na família foi substituída por uma organização “igualitária” onde marido e esposa “compartilham” as responsabilidades da liderança na família.
A ideia bíblica de que o homem é o cabeça da família (1 Cor. 11:3-12; Ef. 5:22-23) e senhor do seu lar (1 Pe. 3:5-6) é considerada por feministas algo tirânico e bárbaro, um vestígio do homem primitivo e sua habilidade de dominar fisicamente sua parceira. Nos nossos dias, a esmagadora maioria de ambos homens e mulheres zombam da noção de que a esposa deve se submeter à autoridade do marido.
3. O homem como provedor foi rejeitado, e introduzido um novo modelo de responsabilidade econômica compartilhada. A visão da nossa era é que o homem não é mais responsável do que a mulher por prover as necessidades financeiras da família. Feministas creem que o ensinamento bíblico que o homem é o provedor da família (1 Tim. 5:9) é parte de uma conspiração masculina para manter as mulheres sob seu domínio por fazerem delas economicamente dependentes dos homens.

4. A mulher como uma dona do lar de tempo integral é zombada, e a mulher que trabalha fora buscando realização e independência é agora a norma cultural. O mandamento bíblico para que a mulher seja “dona do lar” (Tito 2:4-5) ou é desconhecido ou ignorado. Pessoas com a mentalidade feminista consideram algo indigno que uma mulher fique em casa e limite suas atividades à esfera do lar e da família. Uma carreira profissional é considerada mais conveniente e significante para as esposas e mães de hoje.

5. A norma bíblica da mulher como cuidadora de suas crianças foi substituída pelo ideal feminista de uma mãe que trabalha fora e deixa seus filhos na creche para que ela possa cuidar de outros assuntos importantes.  A responsabilidade da maternidade é vista em termos muito diferentes do que no passado. O chamado bíblico para a mãe de estar com suas crianças, amá-las, treiná-las, ensiná-las, e protegê-las (1 Tim. 2:15; 5:14) é rejeitado pela visão feminista de uma mulher que foi libertada de tais limitações sobre sua individualidade e realização própria.

6. A ideia de que uma família grande é uma “bênção” é rejeitada por uma noção de que uma família pequena de um ou dois filhos (e para alguns, nenhum filho) é muito melhor. O conceito de “planejamento familiar” objetivando reduzir o número de crianças num lar é defendido por quase todos. O ensino bíblico de que uma família grande é sinal de bênçãos e da soberania de Deus (Salmo 127; 128) é ignorado por famílias modernas, até mesmo aquelas proclamando serem cristãs. A visão feminista que nós determinamos o número de crianças que nós teremos, e que nós somos soberanos sobre esse assunto é agora aceito sem questionamento. E é claro, essa suposta soberania humana sobre a vida e o nascimento leva a justificação do aborto, que é o maior controle de natalidade de todos.

Desafio para nossos dias, um retorno ao mandato social  no Éden.
Quando pensamos em um retorno ao mandato social estabelecido no Édem, é porque enxergamos lá nosso referencial, a obra prima criada por Deus sendo abençoada e direcionada para que pudéssemos viver da melhor forma. A família foi designada por Deus como base na Criação, base para toda a sociedade, para cumprir o propósito divino. Para vivermos como Deus quer e para exercer o nosso papel na criação de Deus precisamos de nossas famílias no modelo divino. Portanto falamos em (7):

O pai, modelo de autoridade, mas também de sujeição e de entrega (Ef 5.22-29). O pai é a cabeça da casa, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo. Mas Cristo deu a sua vida pela Igreja. O mesmo ato deve fazer o marido e pai. Seu amor deve ser declarado, mas principalmente praticado, para ser visto pelos filhos.
A mãe, modelo de sujeição (a Igreja a Cristo, Ef 5.22-24), mas também de cuidado e proteção. Os filhos aprenderão que a Igreja deve sujeitar-se a Cristo, mas também aprenderão com ela que Deus cuida de nós e nos consola (Mt 23.37; Is 66.13).
O casal, modelo de união – Os dois serão uma só carne (Gn 2.24). Formarão um laço ou vínculo (Ez 20.37, trad. brasileira). Isso apontará, na Deidade, para a união da Trindade. E na humanidade, e primeiro no lar, ensinará respeito (reconhecer o outro) e cortesia (fazer concessões ao outro).
O casal, modelo de distinção e complementaridade. “Criou Deus … homem e mulher” (macho e fêmea, Corrigida) (Gn 1.27). O próprio casal deixará bem clara a idéia de macho e fêmea, oposta à androginia da moda. O papai é o macho e a mamãe é a fêmea. A educação sexual (anatomia, funcionamento, relacionamento – verdade e dignidade) começarão em casa, e não nas pagãs aulas de (des)educação sexual nas escolas.
O casal, modelo de fidelidade à Aliança que simboliza a Aliança. “… o SENHOR foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade … o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio…” (Ml 2.14-16). Os pais levarão a sério a sua aliança, para ensinar os filhos a honrar a aliança de Deus. Divórcio nem passa pela cabeça de um casal crente.


Conclusão
Tudo começou com a família. A Aliança começou e continuou na família. Cada família deve espelhar o relacionamento entre Jesus e a Igreja, portanto, a Nova Aliança. Precisamos verificar que estamos ali vivendo e ensinando os mandatos da criação, os relacionamentos da Aliança. Isso integrará a vida toda sob Deus, numa perspectiva da realidade que o Senhor mesmo nos ensina em sua Palavra. Isso é uma cosmovisão bíblica ou, como dizemos, reformada.





Fonte: 
http://www.monergismo.com/textos/criacao/criacao_wayne_grudem.htm
(2)   http://www.monergismo.com/textos/atributos_deus/atributos_milne.htm
(3) GENESIS Introdução e Comentário REV. DEREK KIDNER, M. A. Vida nova São Paulo.
(4)  http://www.monergismo.com/textos/comentarios/adao_eva_eden_gronigen.htm
(5) VAN GRONINGEN, Harriet & Gerard. A família da aliança. Tradução de Bethania  Fonseca da Silva e Maria Priscila Barros. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã -
(6) Feminização da Família http://www.monergismo.com/william-einwechter/379/
(7) Cosmovisão Reformada na Família : http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/cosmovisao-reformada-na-familia/




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